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CARTOGRAFIAS ALTERADAS

corpxs em escavação 2017

Dissertação de Mestrado de Violeta Pavão Pampuri Mendes
Orientação:  Profª Dra Denise Espirito Santo

PPGArtes - Programa de Pós-Graduação em Artes
Instituto de Artes da UERJ  - 2017

Terra de Ninguém (2015) 2 by Helio de Melo Sesc Tijuca.jpg

Foto: Helio de Melo

Terra de Ninguém (2015) Sesc Tijuca

             violetapavao  é  bicho-gente-matéria-cor-energia   em

caminhada que tem hora que cala, tem hora que fala, tem vez

que chora, tem vez que caga ; tem tentado é ouvir mais e falar

menos.  mas  nao  pisa  no  calo,  nao, buceta radioativa ataca.

dança,   canta,   pia,    assovia,    trabalha,    pesquisa     ações 

decoloniais - que é, pra mim, o reconhecimento do estrago-roubo-estupro da colonização e a ferida que ainda hoje fica, na tentativa de reimaginar  outrx  espaçxs pra  se viver;  sem essa

desse  humano  que  ele  nao  sabe  olhar prá trás, afia a faca e

corta tudo põe abaixo.

            eu quero é entender o sulco  dos que aqui já passaram;

refazer meus bichos, fincar o facão para o que não! e descer o

rio na casca da árvore que o corvo me deu. com licença, vou passar.

  A partir das ações de Terra de Ninguém? comecei a intervir nos mapas de distintas regiões do Brasil e América Latina. Além dos mapas avulsos, utilizei um atlas mundial da National Geographic de 1981 e algumas enciclopédias. Através das ações fixei marcas em algumas destas paginas pelos movimentos com ferro, cachaça, café, carne, e óleo de urucum e desde então, venho trabalhando nas páginas do atlas da National Geographic, visando causar um ruído nas linhas e formas originais. Tais intervenções seguem a proposta de Terra de ninguém?, mas tem como proposta a inserção de escritas, desenhos, traços que façam um ruído no mapa padrão, a fim de discutir o que foi nomeado, delineado como saber. Desta maneira vou recriando o livro desde meu corpo, a partir de sonhos, experiências e afetos que guiam meu caminhar.

 

Fonte: Pag 26 e 104 da dissertação de mestrado:

Cartografias alteradas:

corpxs em escavação 2017

Esta dissertação é um processo aberto de trabalho onde a construção de imagens-ruído abre caminhos. Vem desde os desdobramentos dos meus três últimos anos de pesquisa durante o bacharelado em Artes Visuais, cuja monografia e trabalho prático final foram apresentados em janeiro de 2015 no Atelier do Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) até os processos criativos em 2017. A pesquisa apresentada gira em torno de ações, onde investigo a potência estética e política de objetos e gestos

 

Fonte: pág.14 da dissertação de mestrado:

Cartografias alteradas:

corpxs em escavação 2017

DSC_0088.JPG

 Foto: César Germano de O. Costa

27 de agosto de 2017 foi feita a desfesa de Tese no LabCena

DSC_0095.JPG

 Foto: César Germano de O. Costa

Material de pesquisa apresentado durante a defesa da Tese

Entendendo este processo de percepção dx corpx como território, inscrevo, recriando mapas afetivos. São cartografias alteradas a partir do corpx em escavação. Cartografia dxs corpxs no papel. O papel é a escrita dx corpx. A partir deste recorte, venho executando minhas recentes ações.

Fonte: pag 105 da dissertação de mestrado:

Cartografias alteradas:

corpxs em escavação 2017

Pensando a performance como instauradora de um outro espaço-tempo, acredito ser através dela que o corpo encontra possibilidades distintas de tensionar a linguagem, de investigar caminhos de desconstrução dos saberes e da ideia comum de comunicação. A construção destas imagens, passa pela utilização política e poética de materiais e dxs corpxs - atravessando questões de gênero, racias, econômicas - e instauram questionamentos sobre performance e decolonização.

 

Fonte: Pag 16 da dissertação de mestrado:

Cartografias alteradas:

corpxs em escavação 2017

Terra de Ninguém (2015) by Ferenc Diniz Ipanema RJ.jpg

 Foto: Ferenc Diniz

Violeta Pavão

Terra de Ninguém (2015) - Ipanema RJ

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