Coreografias e
contracoreografias de levante
Engajando dança, grafias e feminilidade
Tese de Doutorado de Lídia Costa Larangeira
Orientação: Profª Dra Denise Espirito Santo
PPGArtes - Programa de Pós-Graduação em Artes
Instituto de Artes da UERJ - 2019
Vídeo: César Germano de O. Costa
Ensaio fotográfico de:
Brinquedos para esquecer ou práticas de levante
Link do Espetáculo: https://www.youtube.com/watch?v=8QTU76-EjO8
Texto de apresentação do solo
Por Sérgio Andrade*
Brinquedos para esquecer ou práticas de levante, solo de dança de Lidia Larangeira (RJ), em parceria com o dramaturgista Sérgio Andrade (RJ), é um tríptico de partes independentes que compõem, juntas, uma dança/convocação contra a brutalidade dos regimes de soberania que investem em capturar, invisibilizar e esgotar a potência das vidas minoritárias e dissidentes. Utilizando elementos diversos como gestos de guerra, roupas oferecidas pelo público, verbo, manipulação de brinquedos e o corpo de mulher nu, a performance atravessa intensidades, materialidades e cria narrativas que vão lembrando os rastros que insistem em ser (violentamente) apagados - seja pela repressão, pelo esquecimento, pela amnésia, pelo recalque, pela fantasmagoria, pela cegueira, pela captura ou pelo esgotamento - mas que não podem, por um imperativo político, jamais ser esquecidas.
*Sérgio Andrade é doutor em filosofia e professor dos cursos de graduação e Pós-graduação em dança da UFRJ
Fonte: Pag 121 da tese de doutorado:
Coreografias e contracoreografias de levante
Engajando dança, grafias e feminilidade.
Texto de apresentação do solo
Por Sérgio Andrade*
Na segunda parte do Espetáculo, uma coreografia de pequenos Brinquedos – miniaturas/souvenirs – localiza e revela os poderes que violam, colonizam e domesticam a vida cotidiana, entre eles, a Religião, o Estado, o Capital, a Ciência, o Patriarcado e as Mídias. Em contraponto, pelo mesmo mecanismo coreográfico, vão sendo revelados e visibilizados movimentos de resistência, lutas populares, líderes ativistas dos direitos humanos e forças de subversão em oposição às tiranias.
*Sérgio Andrade é doutor em filosofia e professor dos cursos de graduação e Pós-graduação em dança da UFRJ
Fonte: Pag 122 da tese de doutorado:
Coreografias e contracoreografias de levante
Engajando dança, grafias e feminilidade.
Foto César Germano de O. Costa
Foto George Magaraia
Foto César Germano de O. Costa
Apresentação no LabCena do dia 01 de agosto de 2018.
2ª parte de: Brinquedos para esquecer ou práticas de levante
Foto: George Magaraia
Lidia Larangeira
3ª parte de: Brinquedos para esquecer ou práticas de levante
Texto de apresentação do solo
Por Sérgio Andrade*
Na terceira parte, saímos da dimensão da história global e direcionamos o olhar para um ponto de fuga formado pelo corpo-mulher nu. Esgotado como espetáculo, o corpo da mulher nu não cessa de carregar em si as tensões presentes nas forças paradoxais: movimento e paralisação, perenidade e efemeridade, censura e liberdade, potência e precariedade e, por fim, memória e esquecimento.
A urgência e força de Lidia Larangeira, em “Brinquedos para esquecer ou práticas de levante”, performa uma dança de ativar memórias e de fazer reviver o que jamais deveria ser esquecido.
*Sérgio Andrade é doutor em filosofia e professor dos cursos de graduação e Pós-graduação em dança da UFRJ
Fonte: Pag 122 da tese de doutorado:
Coreografias e contracoreografias de levante
Engajando dança, grafias e feminilidade.
Brinquedos para esquecer ou práticas de levante
Ficha Técnica:
Concepção e performance: Lidia Larangeira
Dramaturgista: Sérgio Andrade
Orientadora: Denise Espirito Santo
Iluminação: Tonlin Cheng
Adaptação da Luz no LabCena: César Germano e Lídia Larangeira
Fotografia: Nina La Croix
Desenho: Laura Lydia
Design Gráfico: Raquel Oliveira
Doc anexado a pág 139 da dissertação